Que tempo,
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Agora revestido com teus sorrisos,
A claridade de tua alma.
Que tempo,
Agora ou quando outro momento,
Absorto em teus silêncios...
Que tempo,
Qual pode existir?
Que tempo...
Apenas aquele que em prontidão
Esmera-se em não se fazer
O restante de nossa espera,
Aquele que não se faz presente.
Que desafio,
Horas ainda não vindas, não existem...
O que pode existir além daquilo
Que a unificação de nossas almas criam em amor
Para não cessar a corrida de luz?
Que dias podem nos opor à consciência de vida,
Se vivos estamos...
Suspensas as palavras se abrigam
Contra todas as correntezas...
Que distância,
Que definição de espaço,
Qual peso dos elementos,
Que travessias da mente,
Qual tempo ofusca
A gratidão dolorosa de alegria,
A gratidão por não se sabe o que,
A gratidão por não se sabe quem,
A gratidão por seja lá o que reja nossos movimentos.
Que tempo que antes de se misturar
Com outras eras,
Pode ser vestígio de algum sentimento?
E que memória ao longe dos espelhos dos mares
Tem em si a proeza de esquecer teu rosto?
Que memória através de teus encantos,
Que memória través de tua essência
É capaz de esmaecer-se sem cair em graça
Por um instante eterno?
Que expressão saberia não elevar a satisfação
À voz que tua alma emana...
E que contexto, que parte suprema, que obra ausente,
Que astúcia se defronta com qualquer destino,
Que destino em si afronta o que aos mesmos valores
Faz-se ainda mais amadurecido?
Que tempo,
Na noite que invade o dia,
Exclama estrelas de encontro ao sol,
Que tempo, nenhum tempo, espalha mais luz que ti...
E que sombra infinita é capaz de lançar-se
A tal luz, não pertencente a nenhum conceito de espaço?
E tal qual, minha alma, sem coragem,
Sem coragem para tanto,
Muito lhe é inerente,
Confusas tênues linhas de meus pensamentos e instintos,
E tal qual minha alma descansa em teus braços
E sente teu véu de conforto
E chora em teus puros sinais de mais virtuosa
Identificação de felicidade.
E que tempo pode nascer glória tão digna
Que se coloque ao lado da mais bela flor
Que tal qual rosa azul,
Sonho dos poetas loucos,
Faz brotar nos cantos de minha condição.
E se sabe, que horizonte avistado ao crepúsculo
Mais divino surge também com a imagem
De tua extrema virtuosidade?
E se o nada é tudo o que existe
No além de nossas vidas,
Faz-me enxergar a imaginação em formas
E sons, e vidas como as nossas faz-me criar,
E onde deveriam os deuses festejar,
Meus sonhos venho admirar.
Por que tempo?
Pra que tempo?
De onde o tempo?
E que inspiração pode levar um nome
Que não seja o teu?
Que inspiração entre as nuvens cai entre as estradas
E recebe o irônico afeto de solitários,
Sem que antes tenha te olhado?
Que confrontos nos raios internos e tormentas de minha mente,
E frases presas e dádivas ignoradas,
Que confronto é considerável perante o teu amor?
E que todas minhas confissões seja capaz
De resgatar em meus rompantes,
E que confesso-te aqui amor incondicional,
Confesso-te aqui paz absoluta na estada de teu coração,
Confesso-te amor maior do que amar.
Em sonhos pus-me a te esperar
E em realidades venho novos sonhos
Em tua imagem contemplar.
Se foi-me concedida por ti a licença de te amar,
Acato tua escolha e trilho tal sublime caminho sem hesitar.
E no tempo,
Que tempo que não se afugenta ao ressoar
De nossas declarações de unidade eterna?
E a força,
Não há que se abaixe,
Não há que seja superior ou inferior,
A força é em si este amor,
É em si seu símbolo mais sensato,
E é nas margens de nossos delírios,
A delicadeza que sustenta o íntimo deste sentimento.
Se pudesse dizer aqui todos os tudos que vi em ti,
Passaria a eternidade que viverei ao teu lado
Procurando te explicar,
Por isso digo apenas que vi,
Que ao te ver enxergo a rima do canto dos planetas,
E não desvendo, porém envolvo-me no mistério.
E que estranho universo de pontos distantes,
De mares insanos,
De vidas desconjuntas,
O que poderia me ensinar mais sobre o amor
Do que já sei ao te amar?
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