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O Sangue

  • Foto do escritor: Ivy Gobeti
    Ivy Gobeti
  • 29 de jun. de 2021
  • 1 min de leitura

Atualizado: 26 de jul. de 2021


Eu gosto que meu coração sangre, eu gosto que ele se estenda em dor e gosto que ele se reconheça em sofrimento, eu gosto que meu coração tenha que procurar a cura dum sentimento em outro sentir de si ou no puro causar de sua ferida a cura em seu próprio movimento. Eu gosto que meu coração sangre e se faça o princípio da dor que principia a vida, que ele sangre e derrame sobre a ferida de sangue o reatar de sua alegria dividida. Eu gosto que meu coração sangre e conheça que o sangue estendido no dividir de sua alegria é a seiva que o retoma em seu tempo na promessa de que no seu reflorescer tudo se alivia. Eu gosto que meu coração sangre e na sua alegria retomada não mais em tempo se veja, no que em seu sangue refloresce a vida não mais em promessa, e que em seu sangue há de si a própria cura, que na sua própria alegria a seiva da dor em condição seja. Eu gosto que meu coração sangre, pois que, no sangue, dividida, está e sempre é...a própria vida.


 

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