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Nasci de Uma Estrela Docemente Insana

  • Foto do escritor: Ivy Gobeti
    Ivy Gobeti
  • 29 de jun. de 2021
  • 1 min de leitura

Atualizado: 26 de jul. de 2021

Cansada eu desço pela rua

Direto para as estrelas,

Uma brisa me desvia suavemente,

Sopra em mim a noite...

Nasci de uma estrela,

De uma estrela docemente insana.


Há sempre um local, um rumo,

Passagens estranhas e inesperadas

Vidas em encontro, contorno de sonhos, beleza infinita

Uma glória que se sustenta em existir,

Em sentir

Nenhum vazio corre em minhas veias.


Sons, cores, formas de vida, a todo instante

Escorregam em mim, me vislumbram,

Me sentem...dizem meu nome

Cintilam, me colocam de joelhos...

Chamam a minha atenção.


Sou coberta por um véu insustentável...calmo,

Abrigo eterno...as luzes da rua desenham meu dia,

Me remetem ao silêncio...

Da saudade calada ou das lembranças...

Apenas uma criança...


Fios soltos de felicidade repousam eu um céu

Que se aproxima, que se estende diferente,

Intensamente sóbrio...

Sincronia, sutileza...

Aberto em exatidão, certeza tão bela, tão simples!


E se eu pudesse, se eu pudesse tocar

Esse manto, essa sombra clara

Se eu pudesse dizer os sol nos prédios,

Projetando o vento...


Na janela, movimento

Aguçando a textura dos meus pensamentos,

Atingindo as palavras

Dominando o segmento da sala...a tarde.


 

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