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Leio a tentar saber usar os verbos, leio com constância de perseguidor. Na esperança fico, de repentina hora se fazer na qual os verbos me cairão por intuição, e todas as ações tentadas serão por fim, então, destituídas do tempo de agora. Leio a querer saber usar os verbos e decifrar o que é de indicar movimento, acima de todos os que precisam de complemento. Leio a querer saber qual a naturalidade de se unirem os verbos, a destrinchar os passos da dança que espalham em todos os sentidos: pontes mágicas, pontes tênues, visíveis como brilhos minúsculos, pontes de firmamentos imensos. Leio a andar até mim o súbito dos verbos, manso como são as visitas ternas de pais e amigos, chegam eles a se manifestarem nas mãos minhas e há o nosso desenho, de quando tomo-os eu também de súbito, leio a amá-los e apropriar-nos em recíproca de declarar. Leio a permitir aos verbos que saibam me usar.
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