O mundo se fecha,
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Ou o mundo se abre?
Estarei eu fechando o mundo?
A fogueira parece aumentar
E me intimidar cada vez mais.
O que eu nunca serei?
O que jamais farei?
O que de tão desprezível
Se esconde debaixo do que é belo?
Conseguirei enxergar pelos meus próprios olhos
Essa beleza destruída nessa maldade edificada?
Deverei eu temer um inocente?
Um inocente que me aponta uma arma,
Com a mente em perplexidade,
Com o olhar lastimoso,
Sem conseguir mais pensar
Porque tem que fazer o que faz.
Deverei eu me acostumar com quem mente?
Quem não mente?
No que acreditar?
Deverei eu explodir os prédios,
Demolir a miséria,
Sonhar com o passado?
Deverei eu metralhar a ganância,
Matar a injustiça à queima roupa,
Corromper o desprezo,
Aniquilar a má vontade?
Deverei eu florir os campos devastados,
Encher de matas os buracos de destruição?
Deveria eu fazer de todas as terras uma só?
Deveria eu resgatar ideais esquecidos,
Pincelar um sonho de uma criança perdida?
Colocar em molduras a imagem da vida?
Deveria eu sangrar de angústia
Pelo domínio do egoísmo?
Deveria eu olhar em direção ao sol
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