![](https://static.wixstatic.com/media/1096b2_5017e25f94f54a05aea4ab2c8c8085b6~mv2.jpg/v1/fill/w_564,h_798,al_c,q_85,enc_avif,quality_auto/1096b2_5017e25f94f54a05aea4ab2c8c8085b6~mv2.jpg)
Da culpa, da vergonha,
não sei o que foi feito.
só que sempre me soube
delas feita,
mas agora refeita,
as procuro,
até com certa
culpa e vergonha,
por não senti-las.
do que sou feita agora,
que perdi a culpa,
que perdi a vergonha?
e olho agora pro sentir
e ele é solto em si,
descadeiado de mim.
caí numa tal de não
me pensar,
onde se faz agora a rede
de me emaranhar,
que não aqui no meu calcular?
não sei, dessas teias não sei.
nem diabinho nem mais anjinho
tem a me circundar a cabeça,
calou-se de vez um ou o outro,
ou juntos viraram-se a brincar?
eu não sei,
o que foi feito da
culpa e da vergonha,
eu não sei
o que é me ver
sem me chorar.
Comments