Quando pensei não mais poder conhecer outro mundo em que te amasse
Conheci que os mundos em que te amei até aqui foram meros portões
De imensidade, foram só um ensaio de dança maior, foram apenas os
Tímidos sinais de sol quem vêm ao crepúsculo anunciar o calor do amanhã
E quando pensei que nada mais em ti pudesse se fazer encanto para mim,
Num tropeço qualquer da minha consciência, em uma primeira olhada
De perto ao meu coração, no acaso que me escolhe, num fio de sol em
Coisa qualquer, lá estavas novamente, e eu, novamente a te amar
E não é de esquecimento a substância daquilo que de mim vai tirar-te
Quando a tristeza que me causas é o laço que mais une o teu rosto ao meu
Coração, quando as lágrimas que não derramo voltam a mim como amor alimentado
E se não poder te ver é a condição para que tua imagem se fortifique,
E se não ter a ti em momento algum é solo fértil para a natureza do que sinto,
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