
Todos os dias as sementes crescem, e o eco de nossas palavras em um passado, um que talvez nossas mentes tenham feito adormecer, faz-se ouvir pelos tempos de nossas mudanças, na intensidade que o apraz. E cada sopro de consciência que levanta o véu e nos desperta, traz o extremo de nossas vidas, e tudo se converge para o seu centro. Nada que adormece se faz morto, e a cada respiração a verdade bate por dentro, sobrepõe-se a qualquer razão. Todos os dias uma luz que é só nossa nos conta uma verdade, um futuro, sorrindo, como em brincadeira, que lá na frente vai emergir e se fazer nossa própria existência. Que não nos esqueçamos que essa é mesmo a face da maior verdade, rindo-se, vestida de palhaça, contornando em danças distraídas e tropeçantes, a natureza primária e única de todas as coisas...
Que eu possa ter a coragem de ser uma fracassada no mundo que lhes pertence.
E o coração teme o quê? Se a dúvida existe lá fora, e aqui dentro tudo é luz...
É medo de si, eu com medo de mim. Vai coração, cale a razão, a razão que não é sua, fale a vida e corre para o seu lugar, só você sabe onde sorri sem prisão. Olhe, coração meu, olhe só um segundo para o seu reflexo, abandona, coração, só uma vez o chão, o passo firme, perde-se, coração, para que se encontre. E deixa, deixa desmoronar, deixa gritar tudo a sua volta, volta-se a si e silencie o que não é seu.
Comentarios