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Que possamos sonhar não quando a noite e a falta de cores absolutas nos faltarem aos olhos a realidade, mas quando em face da realidade que dói os sentidos do corpo e estraçalha o movimento dos nossos pés se apresentar em dia claro. Que possamos sonhar o mais difícil, perante à realidade mais difícil, e que possamos dar todo o trabalho ao coração, para que, por nossos sonhos, possamos reencontrar a simplicidade de viver.
Que possamos sonhar com a felicidade não em face da tristeza, mas na essência da alegria, para gerar mais alegria. Que possamos sonhar com um sorriso a mais no momento em que estamos sorrindo para que, da vida, possamos criar mais vida. E que possamos, ao nos vermos cobertos de otimismo, sonhar com tudo o que houver de ainda mais positivo.
E que se na escuridão sonhamos com a aurora, que na aurora possamos sonhar que ela sempre exista, e que se na luz apagada sonhamos com a intensidade do brilho, que na intensidade do brilho possamos sonhar com a nossa vida se movendo em calor e iluminação. E que se no adeus sonhamos com o retorno, que no retorno possamos sonhar com um abraço, que no abraço possamos sonhar com a entrega, e que na entrega possamos sonhar com o descanso, e que no descanso possamos sonhar com a vida nova que a nova energia criará. E que a cada criação possamos sonhar com os frutos de nós mesmos, e que em nós possamos sempre sonhar que sempre teremos um sonho, e em cada sonho sempre saber que encontraremos nós, sonhando um sonho diferente.
E no espelho eu soube que tudo sempre foi eu, e que todas as coisas sempre foram minhas. E que no brilho do meu olhar todas as coisas se criam, e todas as coisas recebem a minha criação, e quando tudo no que se pode crer é invisível, reconheci meu mais nobre anjo: a Esperança.
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