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Engolida Por Uma Estrela

Foto do escritor: Ivy GobetiIvy Gobeti

Atualizado: 26 de jul. de 2021


Vou reconstruir minha morada natural

Brotando do infortuno círculo

De falsas substâncias a me encadear.

Fazer-me da mais nítida transparência

Da alma concebida serena

Acalmar as conturbadas águas

Dos sete mares do meu pensar,

E que a ânsia das minhas ideias

Se liberte então de mera loucura.

Vou despertar os deuses para que reordenem

Os elementos da nossa existência

Transformem em ouro o nosso amanhã

Ter na minha idade um dia doce.

Do comum e banal, a extraordinária fantasia

Chuver luzes sublimes sobre nossos sonhos,

O palco da maravilha e do encanto.

Eu vou fazer os planetas se alinharem, um a um,

Em nome do inconstante privilégio

Da absurda beleza a nascer do infinito.

Abrir os mais enferrujados portões

Dos mais acidentais destinos

Para que nossas curvas sempre

Se acompanhem das inquietas estrelas

A nos iluminar diante da infindável

Sustentação fina aos nossos olhos.

Propor o desconhecido como símbolo

Das nossas vidas, a vida do nosso chão.

Eu vou plantar nos jardins escondidos

Dos espíritos a flor de mais pura paz

E mais vívidas cores,

A cura indiscutível de todo intimidar.

Dispersar-me na terra de valor único

E espantar a multidão tediosa

Não convidada ao meu banquete.

Celebrar as lágrimas que derramam o tempo

Nos vales da solitude amena do meu espaço.

Gritar e ouvir o som nostálgico da minha voz

A espalhar-se pelas ruas com o vento.

Encher do sorriso mais expressivo

Da mais árdua medalha

Os rostos daqueles que detém o meu amor.

Salvar a infeliz pronúncia de ódio

Cantar a música da imaginação

Na união de súplicas pela alegria.


 

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