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Dos dias em que sonhava
Não sinto falta alguma,
Dos dias em que sonhava,
Eu, logo eu, a sonhadora
De nome e sobrenome,
Não me afeta sequer mera saudade,
Não me expressa sequer pouco traço,
Dos meus sonhos presos já não
Me constituo, já nem os prego
A mim nos meus sonos ou despertares.
Já não anuncio o dia em horas de esperar,
Já não espero as noites em horas de iludir.
Dos sonhos fica só a alma de sonhar,
Do longe se traz presente aos dias de realizar.
Dos sonhos já não conheço as promessas,
Que das pernas agora é só o prosseguir.
Nasce dos olhos só o olhar,
Nasce das mãos só o tocar.
Dos dias de sonhar não se faz nenhuma saudade,
Que de tudo que sempre amei sonhar,
E de tudo que sempre me quis em cantar,
Prefiro de nós não mais o querer,
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